A irritação é o principal sinal de candidíase, uma das infecções vaginais mais comuns, causada por fungos.
Coceira na vagina, sensação de ardor, presença de corrimento esbranquiçado, sem cheiro e experiência de dor durante a relação sexual são os principais sintomas da candidíase, uma infecção causada por fungos que afeta principalmente as mulheres adultas mais jovens, na faixa entre 18 e 35 anos. É controverso ainda se uma das formas de contrair a doença seria a relação sexual. A deficiência no sistema de defesas do organismo é de longe a causa mais importante de candidíase. Algumas mulheres, inclusive, teriam uma deficiência imunológica específica para desenvolvê-la, o que explicaria os casos de repetição frequente da doença. Tanto que os tratamentos recentes visam melhorar a resistência feminina, antes de tudo.
Candidíase
A infecção vaginal se caracteriza pelo crescimento exagerado de fungos na vagina, os quais produzem inflamação e irritação do órgão e da vulva. A proliferação dos fungos que dá origem a candidíase está associada com a diminuição das defesas no ambiente vaginal, como o nível dos lactobacilos que protegem o ambiente vaginal de ataques. A baixa resistência favorece a proliferação excessiva da pequena quantidade de fungos existentes no meio.
Sintomas
Coceira na vulva e canal vaginal, corrimento branco que lembra coalhada, ardor e desconforto para urinar além de dor nas relações sexuais são os sintomas mais comuns da candidíase. As mucosas vaginais ficam inflamadas e a vulva, às vezes, pode ficar com o mesmo aspecto das “assaduras” de crianças que usam fralda e apresentar fissuras. O processo inflamatório facilita a contaminação por agentes de doenças sexualmente transmissíveis, inclusive do HIV.
Causas de candidíase
Determinados antibióticos afetam o equilíbrio da flora de lactobacilos que protegem a vagina. Doenças que deprimem a imunidade da mulher também favorecem a proliferação dos fungos. Tratamentos com hormônios ou o uso de anticoncepcionais, em alguns casos, podem facilitar o aparecimento desta infecção. Mulheres diabéticas têm propensão à candidíase devido aos níveis elevados de açúcar no sangue, que estimulam a multiplicação dos fungos. A doença também pode ser consequência do estresse ou de processos alérgicos. Há mulheres que desenvolvem alergia às proteínas do sêmen do parceiro sexual. A nicotina do cigarro é outro fator de risco para a infecção, aliada ao estresse, uma vez que ao diminuir as defesas imunológicas.
Prevenção e tratamento
A consulta ao ginecologista é essencial para fazer o exame clínico e de laboratório e confirmar a infecção. E é a única forma de tratar a candidíase. O uso de cremes vaginais sugeridos por amigas ou a utilização de produtos conhecidos de tratamentos anteriores pode até melhorar os sintomas, momentaneamente, mas não irá impedir a candidíase de voltar mais adiante. Manter a alimentação equilibrada e cultivar bons hábitos de vida, por exemplo, a prática de atividade física, fazem parte do tratamento, especialmente de quem tem problemas de repetição com a candidíase. Diminuir o consumo de carboidratos e açúcar é recomendado, assim como evitar alimentos ácidos, álcool e cigarro.
Fonte: www.feitoparaela.com.br