Janeiro é o mês dedicado a conscientização, combate e prevenção da hanseníase. Popularmente referida como enfermidade bíblica e a mais antiga da humanidade, a doença tem cura, mas ainda hoje representa um problema de saúde pública no Brasil.
Doença tropical negligenciada, infectocontagiosa de evolução crônica, se manifesta principalmente por meio de lesões na pele e sintomas neurológicos como dormências e diminuição de força nas mãos e nos pés. É transmitida por um bacilo por meio do contato respiratório próximo e prolongado entre as pessoas. Seu diagnóstico, tratamento e cura dependem de exames clínicos minuciosos e, principalmente, da capacitação do médico. No entanto, fica o alerta: quando descoberta e tratada tardiamente, a hanseníase pode trazer deformidades e incapacidades físicas.
No Brasil, o tratamento é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes podem se tratar em casa, com supervisão periódica nas unidades básicas de saúde.
Para esclarecer as dúvidas sobre o assunto, a dermatologista e coordenadora da Campanha Nacional de Hanseníase da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Sandra Durães, destaca o que “É FATO” e o que “É FAKE” sobre a doença:
Hanseníase: doença bíblica que foi eliminada! É FAKE
Pessoas de qualquer idade, sexo ou classe social podem “pegar” a hanseníase! É FATO
Lugares com falta de higiene e condições sanitárias facilitam a transmissão da doença! É FAKE
A aglomeração de pessoas facilita a transmissão da hanseníase! É FATO
É possível “pegar” hanseníase de um animal que está ferido! É FAKE
A hanseníase pode apresentar deformidades e incapacidades físicas mesmo em pacientes curados! É FATO
Quando descoberta e tratada tardiamente, a doença pode causar graves sequelas. Mas a hanseníase tem cura quando diagnosticada precocemente, evitando sequelas, e o tratamento é gratuito em unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia